Preocupa o futuro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com o anúncio da iminente integração ou fusão com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Sem entrar no mérito da questão política envolvida, o fato inquestionável é a importância do Inpe na formação de profissionais do setor de geotecnologias, bem como no desenvolvimento de tecnologias associadas ao setor geoespacial. O excelente curso de mestrado da instituição corre sério risco de parar, pois a quase maioria da equipe de professores já tem idade para se aposentar. A época de renovação já deveria ter começado, para que os novos possam se alinhar com o nível de qualidade que o ambiente exige.
Na área espacial, o exemplo do terreno perdido fica claro ao se lembrar do convênio de cooperação com a China para construção e lançamento do satélite Cbers. De lá para cá, o Brasil pouco avançou. Por outro lado, a China acelerou e literalmente voou como um foguete, pois não parou mais de investir no setor. Mas, afinal, se fazemos parte do do grupo Brics – como os chineses -, por que ficamos tão defasados? Resposta fácil: falta de investimentos. Esperamos que esta fusão entre Inpe e AEB possa dar um novo impulso ao Brasil neste setor. Vamos acompanhar…